A direção do Grêmio está preocupada com o julgamento do volante Sandro, marcado para a próxima quarta no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio. Incurso no artigo 253 (agressão física) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o jogador pode pegar de 120 a 540 dias de suspensão e desfalcar o time na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro.

Sandro foi expulso na partida do dia 14 de outubro contra o Santo André, no Olímpico, após atingir com uma cotovelada o atacante Rodrigão. Na súmula, o árbitro Elvécio Zequetto relatou que o jogador do Grêmio “agrediu o adversário com uma cotovelada”.

– A nossa preocupação é que o árbitro escreveu que houve uma cotovelada intencional. Embora com o auxílio de imagens a gente consiga demonstrar que isso não ocorreu, para o Tribunal a súmula tem um valor muito grande – explicou o advogado do Grêmio, Juliano Ferrer.

O departamento jurídico já traçou uma estratégia para tentar absolver Sandro. Além de levar o atleta e uma testemunha ao julgamento, o clube tentará desqualificar a denúncia paras os artigos 255 (ato de hostilidade) ou 254 (jogada violenta). O primeiro prevê pena de uma a três partidas, enquanto o segundo, de duas a seis. Mas não há motivos para otimismo.

– Mesmo que a gente consiga desqualificar a denúncia de agressão, o Sandro não é primário, o que implicaria em suspensão de duas a três partidas. Estamos trabalhando com muito afinco para que o resultado seja o melhor possível, mas a absolvição é uma possibilidade remota – completou Ferrer.

Caso a suspensão de Sandro seja confirmada, o garoto Lucas, de 18 anos, deve continuar no time. Recém-saído das categorias de base, o volante mostrou personalidade na vitória do último sábado sobre o Náutico e agradou ao técnico Mano Menezes. A outra alternativa é Nunes, já que Pedrinho se recupera de lesão no tornozelo e só volta na próxima temporada.